quinta-feira, 7 de julho de 2016

Parágrafo repensado do post “Parágrafo comentário sobre "Animação Cultural" de Vilém Flusser” após a leitura dos parágrafos de Flávia Nascimento e de Giovana do Carmo

Primeiramente gostaria de pontuar a estranheza do primeiro contato com os professores. Nunca tinha passado pela vivência de ser recepcionada em sala de aula usando somente mídias digitais, no caso, a comunicação foi feita através de leitores de texto. Foi interessante e surpreendente perceber como a tecnologia vêm sendo utilizada para substituir contatos humanos. E esse pensamente encaixou bem no texto que lemos na aula: "Animação Cultural", de Vilém Flusser.

No início da leitura do texto, o Livro de George Orwell, “Revolução dos Bichos”, veio em mente. Parecia uma paródia ou cópia da reflexão proposta por Orwell. Ambos os textos trazem temáticas parecidas: Um grupo de animais/objetos personificados que são tratados como “sub-categorias” e discursam sobre a revolução que traria liberdade e reconhecimento dos mesmos.
Partindo desta visão, tive duas linhas de pensamento:

A primeira foi avaliar o quanto a criatura humana depende dos objetos, desde seus primórdios até à tecnologia desenvolvida na contemporaneidade. Os objetos são quase indispensáveis à evolução humana e que, sem eles, seria mais difícil chegar ao nível de “civilização” que chegamos. Isso inclui não só a criação de cidades, mas avanços na medicina, ciência, arte, etc.

O segundo foi o de não pensar na dominância objeto/homem, mas na capacidade de criação e manipulação que os humanos têm sobre os objetos para facilitar a alteração do espaço/ambiente. Afinal, não existiria objeto se ninguém o tivesse criado, certo? E que para uma mesma demanda, pode existir inúmeras possibilidades de objetos que podem ser criados.

Sobre ambas as análises, percebi o quanto os objetos criados não só adquirem valor mas também passam a determinar novos valores ao homem. Este conceito de valorização e resignificados aparece no conceito de Fetichismo e Mercadoria, de Marx.

Para além disso, acredito que o texto implica uma reflexão sobre o avanço tecnológico, a dependência do homem sobre os objetos e sobre uma possível forma de desapego, que me implicou num pensamento de quase “retorno aos primórdios”. Como seria a humanidade sem a existência dos objetos?

Não acredito que a solução para a problemática HomemXObjeto seja o retorno à natureza ou o total abandono do objeto. Acredito que é mais construtivo pensar o limite da utilidade dos objetos no que tange a interação humana. Ele veio facilitar a existência humana, não substituir.

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